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quinta-feira, 28 de abril de 2011

CHRONO TRIGGER - MINHA VERSÃO - Capítulo 1, parte 2


NO POST ANTERIOR...
Só pra refrescar a memória de quem porventura tenha lido a parte anterior, Crono havia acabado de esbarrar numa garota (idiota) que estava andando de um lado para outro. Quem jogou lembra disso, hehehe. Bem, vamos continuar a história.

             - Ai, ui... – gemeu ela, ainda no chão – Isso doeu. Ei, cara, olhe por onde anda! Você não tem olhos, por acaso?
             - Eu... ahn, sim eu tenho olhos. Mas eu não esbarrei em você com os olhos!...
            A garota fez cara feia e disse:
             - Ah, engraçadinho. Pare de ficar aí com cara de sonso e me ajude a levantar, por gentileza!
            Crono ajudou-a a levantar-se (quase caindo por cima dela ao perder o equilíbrio quando a puxou pelo braço). Nisso, a garota olhou em volta, levou a mão ao pescoço e, com cara de quem havia se dado conta de algo importantíssimo, disse:
             - Eu não acredito que eu perdi!
             - Perdeu o que, posso saber? – indagou Crono.
             - Meu pingente! Eu acho que deve ter se soltado quando você esbarrou em mim!
            Ela então pôs-se a olhar em volta, para o chão, em busca do tal pingente. Crono, que já havia visto onde ele havia caído, apressou-se e pegou-o para si.
            Ele examinou o objeto detidamente. Era uma jóia fabulosa. Feito em ouro puríssimo, coruscava com a luz do sol, e no centro havia uma jóia vermelha com estranhos reflexos azulados, finamente lapidada. Devia valer uma grana preta, ele pensou. Foi então que ele, decidido a tornar seu domingo mais interessante, e, talvez, ganhar a garota, constatou que o melhor a fazer era entregar-lhe de volta o tesouro.
             - Ei, olha, eu achei! – disse ele, estendendo o pingente para a garota, que o pegou e abriu um sorriso que deixou Crono desconcertado.
             - Puxa, obrigada! – disse ela – Esse pingente tem um grande valor sentimental para mim, você nem imagina!
            Crono olhou para a garota mais detidamente. Que olhos incríveis ela tinha! Azuis como o céu. E que cabelos! Só não eram mais dourados que o sol, eram incríveis! Descendo mais o olhar, ele viu coisas que o interessaram um pouco mais. Puxa, que seios, que coxas, que... ahhh!
             - Ahn... – começou ele, pensando numa forma de começar uma conversa – Qual o seu nome?
             - Pode me chamar de... – ela fez uma pequena pausa – Marle! E qual o seu?
             - Crono.
             - Crono? – exclamou a jovem – Nome bonito. Você é daqui mesmo?
             - Sim, sou daqui de Truce, mesmo. E você, de onde é?
             - Eu não sou daqui. Vim para ver a feira. Mas estou tão deslocada aqui, sem conhecer ninguém, sabe? O que você acharia de eu te acompanhar e vermos a feira juntos?
            Que vitória! Que êxito! Crono queria gritar, mas achou que isso faria com que ele parecesse um idiota. Naquela hora, os efeitos do álcool desapareceram quase que por completo. Até sua dor de cabeça sumiu. Ela estava no papo, pensou ele. Agora era só uma questão de tempo até ele saber tudo sobre ela – endereço, telefone, e-mail, Orkut...
             - Claro! Eu adoraria! – disse ele, com o maior sorriso que os músculos de sua face lhe permitiam – Vamos!
            E assim, ambos saíram pela feira, olhando isso, espiando aquilo, comprando aquilo outro... Andando pela ala leste da Praça, Crono e Marle avistaram um garotinho que, aos prantos, chamava por seu gato.
             - Cadê o meu gatinho! Ei, gatinho, onde é que você está?...
            Consternada com o desespero do garoto que chamava pelo gato sem ouvir resposta, Marle aproximou-se dele e disse:
             - Você perdeu o seu gatinho?
             - Se eu não tivesse perdido meu gato, eu estaria chamando por ele? – perguntou o garoto – Só podia ser loura mesmo para fazer uma pergunta tão idiota!
            Marle teve vontade de chuta-lo, mas desistiu da idéia. Crono, querendo aparecer para ela como sendo um rapaz bom e generoso, disso ao menino:
             - Pode deixar que o titio Crono vai trazer o seu gatinho, Como é que ele é?
             - É peludo, tem quatro patas, um rabo comprido e faz “miau”... – disse o garoto.
             - Isso é bem genérico... – disse Crono, mais para si do que para o garoto.
             - Não é genérico, é gato. – replicou o garoto.
            Marle contou até dez para não bater nele, mas Crono, com a maior paciência do mundo, disse ao menino:
             - Bem, se eu vir um gato por aí, eu o trago para você, OK?
             - OK. – disse o menino que, a essa altura do campeonato, já nem estava chorando.
             - Vamos, Marle. – disse ele.
             - Só se for agora. – ela respondeu.
            Mais adiante, Crono avistou um homem que anunciava em alto e bom som um concurso de quem bebia mais refrigerantes, e o prêmio seriam 10 Moedas de Prata.
             - Está aberto o concurso do Maior Bebedor de Refrigerantes de Guardia! Quem conseguir beber dez latas de refrigerante uma atrás da outra antes de acabar o tempo ganhará 10 Moedas de Prata! Venham todos! – gritava o homem para quem quisesse ouvir.
             - Eu quero! – disse Crono ao homem – Quanto tem que pagar para participar?
             - É de graça, meu jovem.
             - Pode crer... – disse Crono – Depois de todo o álcool que eu bebi ontem a noite, estou precisando mesmo de uns refrigerantes. Estou com a boca seca!
            Marle, ao ouvir isso, perguntou:
             - Você bebe, Crono? Digo... alcoólicamente falando.
             - Você não imagina o quanto! – disse ele, rindo – E você?
             - Só de vez em quando, e escondida de meu pai. Ele é um tanto linha-dura, sabe? Aquele tipo de pai que acha que é o rei do pedaço...
             - Hmmm... – Crono não tinha muito a dizer a respeito, afinal, sua mãe há muito tempo não estava nem aí se ele bebia ou não, desde que não fumasse maconha – que, de vez em quando ele fumava escondido -, o resto estava OK para ela.
             - Vamos começar, então! – disse o homem.
            Ele colocou seu cronômetro para rodar, e deu a primeira lata de refrigerante para Crono, que bebeu rapidamente, já passando para a segunda. Foi assim até a sétima lata, quando Crono, saturado de tanto líquido, acabou por vomitar sobre a bancada e respingou ainda um pouco sobre os sapatos do homem, que, lutando para conter a raiva disse:
             - Puxa, não foi dessa vez. Mas, tudo bem, até a próxima!
            Crono olhou para Marle, que disse-lhe, num tom que soou esquisito a seus ouvidos:
             - Parece que você não é do tipo competitivo, não é mesmo?
            Crono preferiu não dizer nada.
            Andando ainda pela Praça, foi Marle quem avistou uma jovem parada ao lado de um grande boneco de lata com coisas estranhas em sua cabeça que pareciam orelhas de gato. Ela perguntou:
             - Que coisa esquisita é essa?
             - É o Robô de Treinamento de Combate, invenção da Lucca.
             - Robô de Treinamento de Combate? Como funciona isso? – Crono perguntou.
             - Simples. Você luta com ele e, se vencer, ganha 15 Moedas de Prata.
             - Fácil assim? – perguntou Crono.
             - É, fácil assim. – disse a garota – Quer tentar?
             - Com certeza! Vamos, Marle, vai ser divertido!
            A garota ligou uma chave na criatura, e afastou-se. Depois de uns instantes, em que a coisa zumbiu e estalou, ela começou a se mover e, pegando um microfone, cantou uma canção estranha com uma voz mais estranha ainda:
             - Meu nome é Gato
Eu sou feito de lata
Vença-me agora
E ponha a mão em quinze pratas!
             - Engraçadinho... – Marle falou – Um boneco de lata que acha que é um pop-star... Vamos lá, Crono, vamos acabar com ele!
            Crono puxou uma espada, que estava presa às suas costas. Marle não estranhou nem um pouco aquela arma e também sacou de sua bolsa uma besta leve (aquela arma que dispara flechas minúsculas e é ativada com um gatilho como o de um revólver). Ambos partiram para cima do boneco de lata com tudo o que tinham, batendo aqui e ali, sem que o boneco reagisse. De repente, quando achavam que nada de mais ia acontecer, um compartimento no peito da criatura se abriu e um braço telescópico com uma luva de boxe saiu lá de dentro, golpeando Crono na boca do estômago, forçando-o a largar a espada e se ajoelhar no chão, sentindo uma dor que era pior do que a dor de cabeça com a qual acordara pela manhã.
             - Por que você bateu nele daquele jeito, seu bruto? – Marle perguntou à criatura – Vou te ensinar a ter bons modos!
            Dito isso, ela bateu com sua arma bem no meio dos olhos luminosos do boneco de metal, e eles se apagaram, e o boneco parou de se mover.
             - Você está bem, Crono? – ela perguntou – Ele te machucou muito?
             - Ah, Marle, me deixa em paz! Eu fui pego de surpresa por aquela maldita luva de boxe!
             - Bem, não importa, pois nós vencemos!
             - Vencemos, é? – disse Crono, voltando-se para o boneco, que, outra vez acendera seus olhos e começara outra vez a se mover – Parece que não.
            Mas não era para atacar que o boneco se moveu dessa vez. Tirando outra vez seu microfone, que estava oculto em algum compartimento secreto, ele cantou outra canção:
             - Você me ganhou
            Quinze pratas vou te dar
            Volte aqui quando quiser
            Para podermos brincar!
             - Ah, que música horrível! – Crono disse – Onde Lucca estava com a cabeça quando fez essa coisa?
             - Ah, até que ele é engraçado. – disse Marle – Olha como os olhos dele brilham! E, além do mais, ganhamos 15 Moedas de Prata!
             - Tem razão. Vamos pegar essas Moedas e descobrir como podemos gasta-las!
            Crono foi até o boneco, que estava com a mão estendida, e, em sua mão, quinze reluzentes moedas prateadas com a face sorridente do Rei Guardia XXXIII de um lado e do outro os dizeres “Moeda Promocional da Feira do Milênio, Truce, Ano 1000”. Colocando-as em sua bolsa, Crono falou:
             - Bem, vamos?
             - Estou logo atrás de você, Crono! – disse Marle.
            Antes, porém, de se afastarem muito dali, Marle avistou uma coisinha peluda, com quatro patas, um rabo comprido e fazendo “miau” em um canto, encostado a uma tenda.
             - Será que esse não é o gato daquele garoto mal-educado? – perguntou ela.
             - Pela descrição que ele deu, qualquer gato pode ser o gato dele! – disse Crono.
             - Bem, vamos leva-lo e descobrir se é o gato certo!
            Crono foi até onde o bichano estava, e, sem muita dificuldade, o agarrou. O gato miou um pouco, tentou arranha-lo, e Crono, resistindo ao impulso de arremessa-lo longe, segurou-o junto de si com mais força e ele e Marle dirigiram-se até o lugar onde estava o garotinho.
             - Ei, garoto! – Crono disse – É esse aqui o seu gato?
            O garoto examinou o animal. Era ele mesmo, não havia como errar. Era peludo, tinha quatro patas, um rabo comprido e fazia “miau”. Era o seu gato.
             - É sim, tio! Muito obrigado!
             - De nada! – disse Crono – Cuide bem dele, para que ele não fuja outra vez, OK?
             - Certo! – disse o garoto.
            Marle, vendo isso, disse:
             - Ah, Crono, como você é gentil! Devolver o gato ao pobre garotinho foi a coisa mais bonita que eu vi alguém fazer em toda a minha vida! Que generosidade, que ato de bondade pura! Você é mesmo um doce!
            Crono ficou vermelho que nem um tomate, mas recompôs-se depressa.
             - Ei, Crono! – disse Marle, de repente – O que é aquela tenda grande logo ali?
            Ela apontava para uma enorme tenda armada em um canto. Crono apurou os olhos para ler o que dizia no letreiro da entrada: “Laboratório de Norstein Bekkler, a Tenda dos Horrores. Gaste suas Moedas de Prata aqui!”
             - Acho que encontramos um lugar para gastar nossas moedas. – disse Crono – A Tenda dos Horrores!
             - Parece divertido! – disse Marle, dando alguns pulinhos – Vamos lá!
            Crono e Marle entraram na tenda. Era escuro como breu lá dentro, mas, após andarem alguns metros, acenderam-se tochas nos cantos e uma figura esquisita, que era apenas uma cabeça com um sorriso psicótico e olhos assassinos e mãos magras e com unhas enormes apareceu diante deles, flutuando no ar e rindo um riso que era para parecer assustador, mas que era, na verdade, apenas idiota e disse-lhes:
             - Bem-vindos ao Laboratório de Norstein Bekkler. Jogos e diversão os esperam, mas só se tiverem a coragem e a perspicácia adequadas para ganhar. Quanto vocês têm para gastar?
             - Ele vai direto ao ponto... – disse Crono – Já quer logo saber o quanto temos...
             - Capitalismo selvagem, Crono! – disse Marle – Tudo é movido a dinheiro hoje em dia!
             - Ah, certo. Bem, temos 15 Moedas de Prata. O que tem para nós por essa quantia? – indagou Crono, olhando nos olhos da cabeça flutuante.
             - 15 Moedas de Prata, não é? Bem, por 10 de suas moedas, temos aqui um jogo para testar se vocês têm boa capacidade de observação. Querem tentar? Se vencerem, eu lhes darei um belo prêmio!
            Crono e Marle se entreolharam. Um prêmio era algo que tornava tudo mais atrativo naqueles dias.
             - Vamos jogar! – disse Marle.
            A cabeça flutuante dirigiu-se até o fundo, onde havia uma porta guardada por uma cortina negra, e puxou uma corda, fazendo a cortina se abrir. De trás, surgiram três pessoas trajando armaduras idênticas. Eles dirigiram-se para o centro, perfilaram-se lado a lado e cada um deles se apresentou:
             - Eu sou Vicks, o belo. – disse o primeiro.
             - E eu sou Wedge, o forte. – disse o segundo.
             - E eu sou Piette, o delicado. – disse o terceiro, em um tom afetado que atestava seriamente contra sua masculinidade.
            Após as devidas apresentações, os três começaram a trocar de posições, mudando daqui para lá, de lá para aqui, rapidamente e de forma bastante caótica. Crono e Marle tentavam acompanhar o movimento dos três para ver onde estava quem, mas era bem difícil, já que os três eram exatamente iguais. Então, depois de algum tempo trocando de lugar, correndo daqui para lá, os três se posicionaram um ao lado do outro.
             - Encontre Vicks. – disse a cabeça.
            Crono e Marle se entreolharam. Os três eram tão iguais, e se moveram tão rápido e de forma tão caótica que era bastante difícil para os dois terem certeza se sabiam ou não a resposta. Vicks podia estar no meio... Não, na hora em que eles trocaram de lugar, ele foi para a direita. Ah, ele está na ponta esquerda! Não, ali está Piette! Em meio às dúvidas, Marle perguntou a Crono em voz baixa:
             - E então, você sabe onde ele está?
             - Eu tenho um palpite, mas não estou muito certo. – disse Crono.
             - Melhor ter um palpite do que não ter nenhum. – disse Marle – Você vai arriscar?
             - Claro que vou! – disse Crono (ele sabia que devia arriscar, para redimir-se de seu vexame na competição de beber refrigerantes).
             - E então? – perguntou a cabeça voadora – Já têm a resposta?
            Crono caminhou em direção ao cavaleiro de armadura que estava posicionado bem no meio. Olhou-o de cima a baixo, repassou mentalmente todas as trocas de movimento e, relutante mas fazendo força para parecer decidido, aproximou-se bem do sujeito e levantou-lhe a viseira do elmo. O homem, então, disse:
             - Eu sou Vicks.
            Crono voltou-se para Marle e deu um sorrisinho vitorioso de canto de boca, daqueles que falam mais que um discurso, e caminhou de volta para onde ela estava.
 - Parabéns, Crono, você acertou! – disse a cabeça voadora – Aqui está o seu prêmio. Com um aceno de sua mão direita, ele fez aparecer um boneco de pelúcia muito fofo e entregou-o a Crono.
             - É um Poyozo. Um amuleto de boa sorte dos tempos antigos. Guarde-o com você e o amor e a felicidade vão sempre estar por perto! Ah, e se você apertar a barriga dele, ele toca música!
             - Que coisinha mais linda! – disse Marle – Posso ficar com ele?
            Crono bolou em sua mente um estratagema que lhe pareceu infalível. Se ele entegasse o boneco para Marle, que nem lhe disse onde morava, deixando-o apenas com a informação de que ela não era de Truce, ele talvez jamais fosse vê-la de novo. Então ele disse:
             - Quando você for me visitar em minha casa, eu te dou ele, pode ser?
             - Tudo bem! – disse Marle – Mas o que te leva a crer que eu vá lhe fazer uma visita?
             - E por que não? Aposto que minha mãe adoraria te conhecer! – disse Crono.
             - Tudo bem então! – disse a garota – Qualquer dia, eu aparecerei de surpresa na sua casa para conhecer a sua mãe! Estamos desde agora combinados. E não esqueça que você me prometeu o Poyozo, e eu não vou sair de sua casa sem ele, hein?
              - Eu vou deixa-lo em sua casa, então. – disse a cabeça, pegando o boneco com uma de suas mãos sem braços e, com um aceno, fazendo-o sumir.
             - Muito bem, então, - disse Marle – temos muito ainda para ver e fazer. Vamos dar mais uma volta por aí?
             - Certo, vamos! – disse Crono.
            E ambos saíram da Tenda dos Horrores, em busca de mais diversões na Feira do Milênio.
            Quando estavam próximos ao centro da grande praça, Marle teve uma idéia:
             - Ei, Crono, a demonstração da nova invenção da Lucca deve estar para começar! Vamos lá, eu estou louca para ver...
             - Eu havia quase me esquecido! Ela havia me convidado para ir ver a demontração hoje, e eu quase perdi a hora. – disse Crono.
            Os dois subiram para a parte alta, e dirigiram-se para o extremo norte da praça, onde Lucca havia montado seu equipamento. Antes, porém, Marle parou.
             - Espere um pouquinho. – disse ela – Eu quero comprar alguns doces. Não vai demorar nadinha!
            Crono acompanhou-a até a barraca de doces, onde uma senhora com uma expressão serena a atendeu, sem a menor pressa. Sobre a bancada, haviam vidros, potes e vasilhas contendo toda a sorte de balas, chicletes e coisas desse tipo que alguém pudesse desejar. Marle, com aquele jeito de quem sabe o que quer, foi apontando para esse e aquele recipiente e dizendo à senhora:
             - Eu quero um desses, um daquele, um pouco disso aqui...
             - São 15 peças de ouro, minha querida. – disse a senhora.
            Marle retirou o dinheiro de sua bolsa (Crono nem mesmo fez menção de pagar os doces de sua nova amiga) e, após pagar, disse a Crono.
             - Bem, agora está tudo certo. Vamos.
(CONTINUA...)